Carta das crianças e adolescentes do DF para o governador


O Grupo de adolescentes delegados se reuniu um dia antes da Conferência e escreveu uma carta com 12 ações que devem ser priorizadas no orçamento público do Distrito Federal. O objetivo é que as ações sejam efetivadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF). 

A carta foi lida na abertura pela delegada Thalita de Oliveira e entregue ao Governador Agnelo Queiroz por Lara Conrado.

Conheça abaixo a carta.

Carta das Crianças e Adolescentes da 8ª Conferência dos Direitos da Criança e Adolescente do Distrito Federal

Em especial para o Governador do Distrito Federal, para o Conanda e para a Secretaria da Criança do DF

Nós, adolescentes delegados da VIII Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, nos reunimos no dia 24 de maio de 2012, um dia antes da abertura da Conferência, e discutimos quais seriam as ações prioritárias para serem realizadas ainda este ano, pois sabemos que o que é direito nosso ainda não é efetivado. Por isso, listamos abaixo as 12 ações que devem ser priorizadas no orçamento público do Distrito Federal e colocadas em prática pelo GDF e pela Secretaria da Criança do DF, atendendo toda a população:

1. Construção de instituições voltadas para o esporte e o lazer em todas as cidades (em locais acessíveis e seguros) para a comunidade, sendo obrigatório nas escolas até a conclusão do Ensino Médio, e disponibilizar bolsas de estudo de prática de esportes, ensino de artes e estágio de educação física;
2. Criar uma semana cultural nas escolas e comunidades, para divulgar e conscientizar o respeito à cultura de nosso país, e, nessa semana, incentivar a participação das crianças e adolescentes nos projetos culturais;
3. Fortalecer as ações de promoção à saúde de crianças e adolescentes do DF, por
intermédio de:
- Ampliação do Programa Saúde na Escola;
- Melhoria do processo de coleta seletiva e reciclagem de lixo, de forma a contribuir para a conservação do meio ambiente e qualidade de vida.
4. Possibilitar que o direito à saúde das crianças e dos(as) adolescentes seja garantido, conforme preconiza o ECA, por intermédio do aumento de unidades básicas de saúde e equipes do Programa Saúde da Família que tenham um olhar diferenciado às necessidades dessa faixa etária;
5. Investir em escolas públicas, para que a quantidade de estudantes do ensino médio por sala de aula não exceda 30 alunos(as);
6. Acompanhamento ao desenvolvimento psicológico dos estudantes e suas famílias;
7. Creches e escolas públicas de séries iniciais, de período integral, para pais e mães que trabalham;
8. Que o conselho tutelar faça um acompanhamento de qualidade das famílias e vida escolar dos estudantes, e que as famílias, creches e escolas tenham um atendimento especializados de assistentes sociais;
9. Maior fiscalização da Segurança Pública;
10.Melhorar a infraestrutura dos centros de prestação de medidas socioeducativas
de internação e semiliberdade e qualificar o atendimento aos adolescentes em
cumprimento de medidas socioeducativas;
11. Que as escolas públicas sejam liberadas, aos sábados e domingos, para oferecimento de cursos profissionalizantes gratuitos e reforço escolar;
12. Obrigatoriedade dos órgãos públicos à contratação de adolescentes aprendizes.

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